A brasileira Condor participou mais uma vez da LAAD e nessa edição, a empresa divulgou a criação do primeiro Instituto de Ciência e Tecnologia para equipamentos não letais da América Latina.
Com um investimento em torno de R$ 30 milhões, o Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT) funcionará dentro da fábrica da Condor, em Nova Iguaçu, em um prédio de dois andares e reunirá em um só lugar diversos profissionais, em áreas específicas (química, eletrônica, elétrica e mecânica) que hoje atuam em 18 diferentes laboratórios de testes do ICT, tais como: inflamabilidade; análise dimensional; simulação de alta e baixa temperaturas; trepidação, rolamento e queda; análises químicas; análises em elétrica-eletrônica; análises e teste balístico, blindagem, aferição de precisão e acurácia em projéteis letais e não letais; deformidade em plastilina, geleia balística e velocidade de compressão de tecidos moles, entre outros.
Granadas
Outro lançamento, são as granadas inteligentes com EOT (Espoleta Ogiva de Tempo) eletrônico, que, diferente das convencionais, possui o intervalo de tempo de estouro programável. Com auxílio de um software, o tempo entre a retirada do pino de segurança e a detonação podem ser ajustados para um acionamento conforme as preferencias dos agentes da lei. Outro ponto importante é a substituição da pólvora por tecnologia moderna para maior controle nas operações.
Além disso, a empresa também acrescentou em seu portifólio, granadas de efeito moral (luz, som e fumígena) desenvolvidas com uma tecnologia de polímero natural com corpo 100% biodegradável e seus estilhaços, que são mais leves do que os de borracha, praticamente viram pó, minimizando a probabilidade de maiores danos aos seres humanos.
Batizada de Ecobody, essa nova linha de granadas possui o mesmo desempenho das linhas tradicionais, que levam séculos para se decompor na natureza e demonstra a preocupação da Condor com os preceitos ESG (Environmental, Social and Governance) e com o ser humano.
Pistola Defensor FR-100
A Condor trouxe uma pistola 10mm desenvolvida exclusivamente para não letal. Sua munição é uma esfera de polímero, o que a torna ideal para impacto controlado de curta distância (menos de 10 metros).
Ela fornece relatório dos disparos (data, hora, geolocalização e ângulo no momento do disparo); rastreabilidade (leitura do número de série da pistola através de uma memória inviolável e integração com outros dispositivos como body cams) além de indicar, em tempo real, a posição e a utilização da pistola.
Condor Drop
A empresa levou para seu estande um drone, batizado de Condor Drop, que tem por finalidade o lançamento aéreo de cartuchos não letais em operações especiais. Ele é operado por um sistema de controle remoto com extrema precisão, podendo ser controlado a uma distância de até 5km da área de conflito.
O drone possui uma câmera de 1080p com gimbal de dois eixos com possibilidade de zoom de 10 vezes, há possibilidade de expansão para outros tipos de câmeras (térmica, noturna, etc) e carrega até 24 cartuchos que podem ser lançados de forma individual ou sequencial. Segundo a Condor, esse drone já foi adquirido pelo governo de Angola e testado em caráter experimental por algumas PMs do Brasil.