A Embraer, fabricante brasileiro de jatos regionais e aeronaves da área de defesa, deverá anunciar novas encomendas nesta segunda-feira no 51º Salão da aviação de Le Bourget, nos arredores de Paris, segundo o presidente da companhia, Frederico Curado. A empresa, que exporta cerca de 85% de sua produção, está se beneficiando “um pouco” do câmbio – desvalorização do real frente ao dólar -, disse Curado ontem em Paris, em coquetel para convidados. “Não é um benefício muito significativo, mas é positivo”, afirmou o executivo.
A Embraer mantém a projeção de receita de US$ 6,1 bilhões a US$ 6,6 bilhões anunciada no início do ano. “Prevemos estabilidade com pequeno crescimento neste ano”, afirmou Curado. Segundo ele, o mesmo deve se repetir em 2016. “É a melhor visão que temos”. A Embraer tem a expectativa de vender alguns aviões para companhia aérea TAP, comprada pelo dono da Azul na quinta-feira em uma associação com o grupo local Barraqueiro.
“David Neeleman (fundador da americana JetBlue e da Azul) é talvez uma das pessoas que melhor conhece o nosso produto. Ele montou a empresa com os nossos aviões”, disse o presidente da Embraer. “Não tenho a pretensão de que ele faça nada imediatamente. Torcemos para ter oportunidades pela frente.”
A frota da TAP, segundo o presidente da Embraer, possui oito aviões E145, que são aeronaves pequenas, e cerca de seis Fokker 100. “É preciso ver como será o novo plano de negócios, mas teríamos certamente potencial, no mínimo, de substituir esses aviões que já estão na frota da TAP”, afirmou Curado.