A Indra completou neste mês o desenvolvimento do primeiro sistema de segurança perimetral móvel para responder às exigências de segurança de infraestruturas críticas localizadas em pontos remotos e também em centros de refugiados. A solução, que pode ser fornecida em qualquer localidade do mundo, será inicialmente adotada pelo projeto de Pesquisa e Desenvolvimento europeu chamado Basylis, impulsionado pelo 7º Programa Marco da União Europeia, o qual recebeu investimentos na ordem de três milhões de euros. O sistema será implementado em um prazo de dois anos.
Segundo Tácito Augusto Silva Leite, diretor de Segurança da Indra no Brasil, os sistemas da companhia protegem hoje em dia aeroportos, portos, ferrovias, companhias de energia e telecomunicações, instituições financeiras, edifícios e sedes corporativas e grandes instalações industriais em distintos países. “O Brasil dispõe de grandes oportunidades no que se refere principalmente à segurança de grandes infraestruturas, como hidroelétricas, plataformas petrolíferas, campo de exploração de minérios, entre outras. Temos apostado nossas soluções nesse segmento e no de fronteiras, já que atualmente somos responsáveis pela vigilância de 3,5 mil quilômetros de fronteiras concentradas na Europa e Ásia”, explica o executivo.
A solução para o projeto Basylis conta com um centro de controle portátil a partir do qual monitora informações vindas de uma série de sensores instalados na área de proteção. Está integrado a ela sistemas de radar, laser radar (Ladar), sensores acústicos e sensores terrestres. Mediante o uso de geolocalizadores é possível acompanhar movimentos de pessoas para garantir sua segurança.
Ao contrário de outras soluções de segurança perimetral existentes no mercado, este sistema pode ser calibrado e configurado de forma simples, por meio da determinação da área de cobertura, número e localização de acessos do acampamento e situações de risco.
Como exemplo da capacidade de detecção que oferece, o radar pode identificar veículos que se aproximem da instalação a uma distância de até seis quilômetros, enquanto os sensores instalados sob a terra detectam o passo de uma pessoa a 25 metros. Mediante um sistema de câmeras pode-se realizar o acompanhamento de qualquer incidente. Um software de detecção do comportamento processa a informação recolhida e identifica situações de risco, situações de pânico ou tumultos que indiquem perigo em um acampamento de refugiados com até 10.000 pessoas.
O projeto superou com êxito as distintas provas de campo realizadas ao longo do último ano, demonstrando seu bom funcionamento em acampamentos reais e que está pronto para ser colocado em serviço. Foi validado pelo Centro Nacional de Proteção de Infraestruturas Críticas (CNPIC) espanhol. Para seu desenho contou-se com o apoio de usuários finais, envolvidos desde ONGs até operadoras de energia.