Os helicópteros do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro não estão operando devido a um atraso no pagamento à empresa que fornece os componentes (peças) das aeronaves. Dos quatro helicópteros da corporação, três não estão decolando devido ao problema e um já estava em manutenção há mais tempo.
Em nota, a assessoria informou que os helicópteros da corporação fazem parte de esforços integrados do Governo do Estado, que contam ainda com apoio das aeronaves de outros órgãos como Polícia Militar e Polícia Civil. “Portanto, as ocorrências não deixaram e nem deixarão de ser atendidas”, diz o comunicado.
O G1 entrou em contato com as assessorias das polícias Civil e Militar para saber se as aeronaves que atendem às entidades estão operando. De acordo com a Polícia Civil, as três aeronaves da corporação estão em manutenção de rotina. Duas delas voltam a operar normalmente na semana que vem. A outra ainda não tem data definida. Segundo a polícia, a a falta dos equipamentos não impede a realização das operações. De acordo com a assessoria da PM, as aeronaves que atendem a corporação estão operando nornalmente.
Vereador critica ausência de aeronaves
Segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, a Marinha emitiu alerta de ressaca com previsão de ondas de até 2,5 metros no litoral. De acordo com o vereador Márcio Garcia (Rede), presidente da Comissão de Defesa Civil da Câmara, a ausência das aeronaves combinada com mar agitado e sol pode ocasionar em muitos afogamentos e até mortes.
“Com ou sem aeronaves, bombeiros vão prestar o socorro da melhor forma possível, com o que tiverem de recursos. Mas para um afogamento, cada minuto é decisivo. Não tem como disponibilizar um guarda-vidas para um atendimento múltiplo. Sem o helicóptero, o bombeiro vai ter que escolher quem ele vai salvar”, ressaltou o vereador.
Três aeronaves devem voltar após o feriado
De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, o débito com os fornecedores foi quitado e a previsão é que as três aeronaves voltem a operar na próxima semana.
Ainda segundo o vereador, além da falta de equipamentos a corporação enfrenta um déficit no número de agentes. “Ficamos sete anos sem concurso para guarda-vidas e ano passado fizeram um com 300 vagas. Temos um déficit de, pelo menos, mil guarda-vidas. Precisamos de convocações frequentes”, afirmou Garcia.
Foto: Bernardo Tabak/G1